ACAV aprova rigor na prevenção da gripe aviária

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O presidente da Associação Catarinense de Avicultura (ACAV), José Antônio Ribas Júnior, considera necessária e apropriada a publicação da Instrução Normativa nº 8 pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para reforçar as medidas de biossegurança nos estabelecimentos avícolas brasileiros e prevenir a entrada da influenza aviária. “Um episódio como este seria desastroso para a economia catarinense e brasileira por longo período”, adverte.

Dentre as medidas da IN 8 está a proibição de alojamento de novas aves em galpões de corte ou produção de ovos que não possuírem tela de isolamento. Os produtores terão o prazo de 540 dias, a partir da publicação da norma, para se adequarem às novas regras.

As telas nos estabelecimentos são fundamentais, pois impedem o contato dos animais da produção com pássaros silvestres que podem ser portadores da doença. A medida é uma alternativa eficaz de prevenção à enfermidade.

Também ficará proibido o alojamento de novas aves em estabelecimentos avícolas que não apresentarem requerimento de registro na Secretaria de Defesa Estadual, no prazo de 365 dias.

A instrução – de cuja elaboração a ACAV participou – foi publicada devido ao aumento contínuo de casos de gripe aviária ao redor do mundo. O Brasil ainda é o único grande exportador mundial de carne de frango que nunca registrou casos de influenza aviária.

AMEAÇA

O dirigente lembra que desde 2002 o mundo vive sob a ameaça da influenza aviária. Observa que as agroindústrias e seus sistemas de produção evoluiram nas ações preventivas, mas, mesmo assim, a ameaça é crescente. Assinala que a  cooperação entre indústrias avícolas, criadores de aves, governo e centros de pesquisa contribui para blindar a avicultura brasileira e catarinense contra a doença. Ribas Júnior mostra que a somente a soma de esforços de todos estes agentes é que resultará em sucesso porque, das ações preventivas até as ações de erradicação, é necessária a cooperação de todos.

-“Precisamos proteger as propriedades, cumprindo os procedimentos de segurança, vigilantes nas movimentações de animais, pesquisando riscos e estratégias de atuação, estruturando monitorias e alinhando os planos de contingência. Importante saber que temos legislação sobre este tema e todos devem se adequar as Instruções Normativas (INs) que o MAPA tem implementado. Por exemplo, de imediato e prático, todos os produtores devem garantir o registro de suas granjas, conforme as INs preconizam.”

O presidente da ACAV enfatiza que o programa brasileiro de compartimentalização é seguro, competente e pioneiro. “Temos aqui os primeiros processos de produção certificados em compartimentalização. Este conceito ajuda a ampliarmos as barreiras a qualquer evento sanitário. Não é um processo simples, não é rápido, e há custos adicionais envolvidos, mas estamos trabalhando para agregar benefícios, ” conclui. (MB Comunicação)

 

(Crédito da foto: UQ Design)