Xanxerê- Em estudo recente realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) nas 27 capitais do País, foi constatado que fazer as compras pela internet é um hábito cada vez mais comum entre os brasileiros. De acordo com esse levantamento, 89% dos internautas realizaram ao menos uma compra online no último ano, percentual que se mantém elevado em todos os estratos sociais analisados, mas ganha destaque entre os homens (93%), pessoas de 35 a 49 anos (95%) e pertences às classes A e B (99%). Apenas 4% das pessoas que têm acesso à internet admitiram nunca ter feito qualquer compra online.
Mesmo em um cenário de crise, a maior parte (43%) dos consumidores online aumentou a quantidade de produtos adquiridos pela internet na comparação com 2016. Para 38%, o volume se manteve estável, enquanto 18% diminuíram o número de compras feitas por esse meio.
A percepção de que os produtos vendidos pela internet são mais baratos do que nas lojas físicas é a vantagem que o internauta brasileiro mais identifica, razão mencionada por 58% desses consumidores. Outros motivos também destacados são a comodidade por não ter de sair de casa (45%), o fato de poder fazer as compras no horário que quiser (31%) e a economia de tempo (29%). Há ainda 28% de entrevistados que citam a facilidade que a internet proporciona na comparação de preços.
Frente a isso, como os lojistas estão administrando a situação? O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Xanxerê, Fábio Moschetta, constata que esta é uma tendência que precisa ser reconhecida pelos comerciantes locais. “Precisamos ter ciência desses números para traçar estratégias. Hoje, já existem comerciantes em Xanxerê que fazem vendas através das redes sociais, não propriamente dito o E-commerce, mas utilizam o Instagram, WhatsApp e o Facebook, mas o E-commerce propriamente dito são pouquíssimos que utilizam”.
Para ele, existe urgência nessa mudança de postura dos comerciantes, com prazo curto de no máximo três a cinco anos. Segundo Moschetta, o empresário que passar a dominar mais essa ferramenta estará mais próximo de seus consumidores. “Hoje, é comum as pessoas em seus horários de descanso, quando estão na frente da televisão, aproveitarem o tempo para fazerem pesquisas dos produtos que têm interesse, e porque não fazer isso em lojas da própria cidade? Mas, quantas lojas oferecem num site o que possuem de mercadorias para que no outro dia o consumidor possa ir focado, sem perder tempo, comprar a sua mercadoria?”, considera.
Moschetta lembra que os mitos sobre as compras feitas pela internet, de que as mercadorias podem não chegar aos seus destinos, fazem parte do passado e as pessoas estão cada vez mais confiantes em buscar seus produtos com essa comodidade. “Existem ferramentas que qualificam o vendedor e que dão segurança para o consumidor como o mercado pago, o player power, que se o consumidor não receber a mercadoria terá o seu pagamento estornado, então, não é mais desculpa usar o argumento que em uma loja física o consumidor tem a segurança de sair com o produto na mão”.