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Toda vez que vamos escolher algo para comprar em alguma loja, seja ela de roupas, calçados ou materiais de construção, esperamos encontrar o objeto de desejo pelo menor preço possível. Mas será que realmente o mais barato é a melhor opção?

Na construção, a opção mais barata pode não ser a mais apropriada, principalmente se for levado em conta quanto por cento da obra é investido em material. O engenheiro civil Elisando Antonio Gasperrini explica que em uma construção, o custo dos materiais representa a maior parte. “O custo com material em construções fica em torno de 60% do custo total da obra, destes, quase 3/4 são gasto com materiais de acabamento. Vamos fazer uma conta rápida, se a nossa obra custa R$100.000,00, o investimento em materiais custará R$60.000,00, destes, R$ 42.000,00 se destinam ao material de acabamento”

O pensamento mais comum neste momento é economizar. O subconsciente agora está fazendo a conta mais obvia que possa existir e chega a uma conclusão: economizar no acabamento, lógico!!

Gasperrini ressalta que não existem muitas opções na hora de economizar na parte bruta da obra e que geralmente isso acontece no acabamento. “Na parte bruta da obra, digo, fundações, estrutura e alvenarias, as diferenças de valores são ínfimas e a gama de produtos a ser escolhidos é muito pequena, e não impactam em praticamente nada no valor total gasto. Então vem a hora do acabamento, e aí que as pessoas cometem o erro mais grave, pois há milhares de modelos de pisos, tomadas, tintas, revestimentos etc. Um turbilhão de informações que o nosso cérebro já nem mais processa o que está acontecendo, e na maioria das vezes vamos no impulso”.

O engenheiro alerta que neste momento, devemos pensar no bolso a longo prazo, pois a economia na escolha do material, principalmente no que diz respeito à qualidade, pode causar um grande impacto no futuro. A obra fica mais barata, mas as consequências podem ser caríssimas. “É exatamente nesse momento que devemos parar, pensar e analisar o melhor custo benefício! O que seria o tal custo beneficio? Vou dar um exemplo clássico, para a minha casa, escolhi uma linha de tinta 30% mais barata que uma linha premium, digamos que na brincadeira eu economizei R$3.000,00. Legal, a nossa casa está majestosamente pintada, como no desenho da arquiteta, e ai em seis meses começa a aparecer infiltrações, mofos nas paredes e em um ano a tinta começa a desbotar. E aí o que acontece? Você não vai mais querer economizar com a pintura e vai reformar a sua casa com uma tinta premium, que vai lhe durar três vezes mais, resumindo, você acaba de gastar o dobro se tivesse investido corretamente a primeira vez”.

Estudar cada produto a ser comprado, buscar o máximo de informações dos vendedores e fabricantes, principalmente quanto as garantias, a durabilidade, a uniformidade, as perdas e a manutenção de cada item, isso é primordial para que não surjam desagradáveis surpresas num futuro bem próximo.

Existem, sim, no mercado produtos similares, que se equiparam na qualidade com preços diferenciados, basta uma boa pesquisa e uma analise detalhada de cada um. “E não precisa ser técnico para isso, basta ter paciência, uma boa visão e um bom tato, verifique os detalhes de cada um e veja se você se agrada nos comparativos”.

O profissional ainda recomenda: “Quando você estiver construindo ou comprando um imóvel, é sempre bom averiguar, pesquisar a qualidade do material utilizado para evitar dores de cabeça e transtornos futuros”.

Colaboração:
Elisandro Antonio Gasperrini – Eng. Civil – 066571-0


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