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Abelardo Luz- O Governo Municipal de Abelardo Luz, através da Secretaria de Infraestrutura, está prestes a resolver um antigo problema de ordem ambiental na área urbana do município. Trata-se do esgoto sanitário oriundo das fossas de residências e empresas que agora vai ter o destino ambientalmente correto.

O serviço de coleta de esgoto das fossas foi suspenso desde abril deste ano por conta da interdição do local, onde há vários anos era feito de forma ilegal, sem tratamento e sem licença ambiental, o despejo dos resíduos. A notificação foi realizada pela Polícia Militar Ambiental de Chapecó, que multou o município em R$ 2 mil, embargando o referido local que ficava nas proximidades do Cemitério Municipal, por se tratar de atividade potencialmente poluidora e por funcionar sem autorização de órgãos ambientais.

Para resolver o problema e retomar o serviço de coleta do esgoto das fossas, durante este período a equipe da prefeitura realizou estudos de sistemas compactos de tratamento de efluentes e licitou o serviço para desenvolver todo o processo de licenciamento ambiental junto aos órgãos ambientais. Com a licença ambiental aprovada, o governo municipal licitou os materiais necessários e agora está dando início a nova etapa, que é a locação de uma estação compacta que fará o tratamento dos resíduos sólidos, conforme determina a legislação ambiental.

Assinatura ordem de serviço

A ordem de serviço para instalação da estação compacta foi assinada, nesta segunda-feira (18), pelo prefeito Wilamir Cavassini, na presença secretários municipais, imprensa local, representantes da empresa Vital Engenharia que elaborou o projeto da estação e de licenciamento ambiental.

A locação da estação compacta de tratamento de esgoto é uma medida provisória, de ordem emergencial, que está sendo implementada até que sejam concluídas as obras da estação de esgotamento sanitário que estão paradas desde 2014. A unidade está sendo montada na área do antigo frigorifico de peixes, onde foram reformadas as lagoas de decantação para diminuir custos.

“Com esta estação compacta vamos ter um investimento de aproximadamente R$ 40 mil que vai desde a elaboração do projeto de licenciamento ambiental, reforma das lagoas com aquisição de lonas, projeto elétrico e a construção de sumidouros. Somente com a locação do equipamento será investido R$ 2,5 mil por mês”, explicou o prefeito.

O vice-prefeito Jorge Piccinin, que será o responsável direto pelo acompanhamento da execução das obras da estação, disse que a prefeitura está buscando solucionar essa situação para retomar os serviços de limpeza de fossas e dar o destino correto ao esgoto.

“O local onde era levado o esgoto das fossas foi interditado por estar irregular. Agora estamos com o projeto ambiental concluído para fazer tudo dentro do que a lei manda. Acredito que até o fim da semana a coleta deverá recomeçar”, frisou Jorge.

Capacidade e tratamento

A Estação Compacta de Esgoto terá capacidade para receber e tratar 20 mil metros cúbicos de resíduos por dia. O tratamento do esgoto consistirá na separação da parte líquida da parte sólida e no tratamento de cada uma delas separadamente, reduzindo a carga poluidora sem causar prejuízos ao meio ambiente.

De acordo com o engenheiro sanitarista responsável, Itacir Pasini, da Vital Engenharia, a estação compacta foi projetada para atender o esgoto proveniente das fossas residenciais e está habilitada a fazer o tratamento dos resíduos, com a licença ambiental para funcionar.

“É um equipamento que está sendo locado para o município que vai receber o esgoto bruto das fossas que depois de passar pelo tratamento vai ser feita a infiltração no solo através de sumidouros. O sistema é composto por um reator eletrolítico e um floculador, onde separa-se a parte líquida da sólida. O tratamento da parte sólida é feita através de um adensador e a parte líquida vai para as lagoas para o polimento final e depois disso vai para os sumidouros”, explica Pasini.