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Produtores rurais das regiões de Xanxerê e Campos Novos já registram uma produtividade média de 10 toneladas de milho por hectare. Santa Catarina amplia área plantada do grão e deve colher 2,77 milhões de toneladas de milho na próxima safra. As estimativas são do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa) e foram apresentadas nesta segunda-feira (29) ao secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Airton Spies, e representantes do setor cooperativista catarinense.

A produtividade média das lavouras catarinenses está estimada em 8,15 toneladas/hectare – o maior rendimento do Brasil – e a expectativa é de que até 2020 todas as regiões alcancem a produtividade de Campos Novos e Xanxerê. “Com sementes de alto valor genético e com alto padrão de produtividade, nós esperamos uma safra muito boa. Os produtores catarinenses investem cada vez mais em tecnologias e, se o clima for favorável, nós vamos fazer da safra 2018/19 um recorde na produção”, ressalta o secretário Airton Spies.

Segundo as estimativas da Epagri/Cepa, Santa Catarina terá um aumento de 8,16% na produção de milho na próxima safra e de 5,8% na área plantada – que chegará a 340,3 mil hectares. O incremento na safra pode ser explicado pela alta nos preços do milho no início deste ano, que acabou incentivando os produtores a investirem no plantio do grão, e também pela necessidade da rotação de culturas nas plantações de soja para evitar pragas.

O milho é o grão de ouro para Santa Catarina, fundamental para abastecer as cadeias produtivas de proteína animal. O agronegócio catarinense consome aproximadamente sete milhões de toneladas de milho por ano – sendo que, mais de quatro milhões de toneladas são importadas de outros estados.

Produtividade

Desde 2013, Santa Catarina já ampliou em 19% a produtividade das lavouras de milho, ou seja, os produtores hoje colhem em média 1,3 toneladas a mais por hectare. A cada ano, o ganho foi de 185 quilos/hectare.

Convênio Cooperativismo

O sistema cooperativista catarinense receberá as informações da Epagri/Cepa. Um convênio assinado entre a Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc) e a Epagri dará viabilidade a um sistema unificado de informações agrícolas.

O projeto dará subsídios para que as cooperativas tomem as melhores decisões. “Hoje, os agricultores têm dificuldade ao acesso a informações, que se encontram descentralizadas em diferentes fontes de pesquisa e, muitas vezes, não estão relacionadas. Esse termo de cooperação trará ganhos inestimáveis para o setor e para as cooperativas, dando mais segurança para investimentos e garantindo competitividade”, comenta o presidente da Ocesc, Luiz Vicente Suzin.

O termo prevê, até 2023, a modelagem de sistemas de preço, safras, estatística agropecuária, além de monitoramento de commodities, missões técnicas prospectivas, reuniões de avaliação e prospecção de estudo em gestão da informação e conhecimento socioeconômico na agropecuária.

“O lucro do produtor rural está no detalhe. E o acesso à informação faz uma grande diferença na tomada de decisões dos produtores. Essa parceria entre cooperativas e Epagri/Cepa diminui a assimetria no acesso à informação e irá render bons frutos para Santa Catarina”, destaca o secretário Spies. (MB Comunicação)