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Davos-Suíça – Em entrevista nesta quarta-feira (23) para a agência de notícias Bloomberg, em Davos, na Suíça, onde participa do Fórum Econômico Mundial, o presidente Jair Bolsonaro comentou a repercussão das notícias que envolvem seu filho Flávio Bolsonaro, para a agência Bloomberg.

Bolsonaro afirmou que se o seu filho mais velho, o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), errou e, se for provado que errou, ele “vai ter que pagar” pelos atos dele.

Flávio Bolsonaro é figura no noticiário nacional desde que um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) mostrou que Fabrício Queiroz, ex-assessor e ex-motorista do senador eleito, movimentou R$ 1,2 milhão em sua conta de maneira considerada “atípica”.

Relatório do Coaf

Fabrício Queiroz figura em relatório do Coaf, que apontou operações bancárias suspeitas de 74 servidores e ex-servidores da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

O Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro abriu procedimento investigatório criminal para apurar o caso, mas a investigação foi suspensa temporariamente por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em 17 de janeiro. Quem pediu a suspensão das investigações foi Flávio Bolsonaro.

A partir da investigação do MP, o Coaf produziu um novo relatório. O documento aponta movimentações bancárias suspeitas de Flávio Bolsonaro. Em um mês, foram feitos quase 50 depósitos em dinheiro numa conta do senador, no total de R$ 96 mil.

O documento traz informações sobre movimentações financeiras de Flávio Bolsonaro entre junho e julho de 2017. São 48 depósitos em espécie na conta do senador eleito, concentrados no autoatendimento da agência bancária que fica dentro da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), e sempre no mesmo valor: R$ 2 mil.

Nesta terça-feira (22), uma força-tarefa do Ministério Público e da Polícia Civil do Rio de Janeiro contra milícia que age em grilagem de terras prendeu o major Ronald, que foi homenageado em 2004 por Flávio Bolsonaro, com uma moção de louvor na Alerj.

A mãe e a mulher de outro denunciado na operação desta terça-feira (22) trabalharam no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Outros nomes citados

Além de Flávio Bolsonaro (PSL), relatório de órgão de controle menciona assessores de outros deputados do Rio.

  • André Ceciliano (PT) R$ 49,3;
  • Paulo Ramos (PDT) R$ 30,3;
  • Márcio Pacheco (PSC) R$ 25,3;
  • Luiz Martins (PDT) R$ 18,5 (preso);
  • Deodato (DEM) R$ 16,3;
  • Carlos Minc (PSB) R$ 16,0;
  • Coronel Jairo (SD) R$ 10,2 (preso);
  • Marcos Müler (PHS) R$ 7,8;
  • Luiz Paulo (PSDB) R$ 7,1;
  • Tio Carlos (SD) R$ 4,3;
  • Pedro Augusto (MDB) R$ 4,1;
  • Átila Nunes (MDB) R$ 2,2;
  • Iranildo Campos (SD) R$ 2,2;
  • Márcia Geovani (DEM) R$ 2,1;
  • Jorge Piccinani (MDB) R$ 1,8 (preso);
  • Eliomar Coelho (PSOL) R$ 1,7;
  • Flávio Bolsonaro (PSL) R$ 1,6;
  • Waldeck Carneiro (PT) R$ 0,7;
  • Benedito Alves (PRB) R$ 0,5;
  • Marcos Abrahão (Avante) R$ 0,3 (preso).

 

Fonte: G1, O Estadão