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A Agencia Nacional de Energia Elétrica-Aneel disponibilizou, desde o dia 1º de janeiro, uma nova modalidade tarifária de energia elétrica para consumidores do Grupo B, que possuem um consumo médio mensal superior a 500 quilowatt/hora (kWh), e para novas ligações. É a tarifa branca, que mostra a variação do valor da energia conforme o dia e o horário do consumo e será oferecida para unidades consumidoras que atendidas em baixa tensão, como residências e pequenos comércios.

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), todas as distribuidoras do país deverão atender aos pedidos de adesão à tarifa branca das novas ligações e dos consumidores do Grupo B.

Em entrevista à Rádio Princesa, o diretor da Iguaçu Energia, Antônio Baldissera, explicou como vai funcionar a cobrança e as vantagens e desvantagens de optar por essa modalidade de tarifa.

Baldissera esclareceu que a mudança acontecerá gradativamente, até alcançar a totalidade dos consumidores. “Agora a mudança vai alcançar os consumidores que, comprovadamente tiveram a média superior a 500 quilowatt/hora nos últimos 12 meses, a partir de janeiro de 2019 os consumidores que consumiram 250 e em janeiro de 2020 todos os consumidores”.

Sobre as vantagens de utilizar a nova modalidade, Baldissera ressaltou sobre os cuidados de utilizar a energia em determinados horários, levando em consideração os horários de pico de consumo, quanto a tarifa nesses horários. “Essa tarifação já existe para os consumidores de alta tensão, tem o ponta (pico) e fora ponta (fora do horário de pico). Na baixa tensão é um pouco diferente, porque tem o ponta, ao fora ponta e o horário intermediário. A nossa ponta, nosso horário de pico é das 18 às 21 horas. Das 17 até as 18 horas e das 21 até as 22, também tem uma tarifa intermediária. O restante é fora ponta, além dos sábados, domingos e feriados, que é cobrado a tarifa normal”.

As tarifas aumentam de acordo com os horários e dias da semana. Na tarifa branca, se o consumidor usar a energia elétrica nos períodos de menor demanda, fora do horário de ponta e intermediário, como pela manhã, início da tarde e de madrugada, por exemplo, o valor pago pela energia consumida será menor. De acordo com Baldissera, a tarifa branca não é recomendada para quem concentra o consumo nos períodos de ponta e intermediário porque o valor da fatura pode subir. “Quem opta pela tarifa branca tem que fazer a conta muito bem feita, porque se ele não conseguir manter seu consumo no período fora ponta, o consumo dele no período de ponta aumentará 88%. A tarifa intermediária aumenta 21%. Se ele ficar no fora ponta a tarifa vai diminuir 17%. Ele tem um incentivo que diminui a tarifa no período fora ponta, mas ele tem que sair da intermediária e da ponta. Ele tem que fazer esse cálculo para não ter surpresa ao optar pela bandeira branca.”

Em outras palavras, se o consumo maior for no período das 18 às 21 horas, não é vantagem optar pela bandeira branca.

Sobre o consumo, Baldissera informou quais as unidades consumidoras podem se enquadrar no Grupo B. “Aqui em Xanxerê o comércio de modo geral se enquadra, as empresas com muitos funcionários e os prédios com elevadores e sistemas de refrigeração”.

Segundo informações da própria Aneel, o consumo médio das residências brasileiras é de 160kWh/h.

Para aderir à tarifa branca, basta fazer a solicitação junto à Iguaçu Energia, havendo o custo da troca do medidor, mas o ideal é fazer um estudo antes para avaliar os horários de maior consumo de energia.