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Xanxerê-  Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, o Núcleo da Mulher Empresária da Associação Comercial de Xanxerê (Acix) trouxe a Xanxerê, a monja Coen, que antes de realizar uma palestra para mais de 800 pessoas, nesta quinta-feira (22), na Unoesc de Xanxerê, explanou em uma coletiva de imprensa sobre o tema inteligência emocional e o lançamento do seu livro “Zen para distraídos”. A coordenadora do Núcleo da Mulher Empresária de Xanxerê, Irene Sá Affolter, que recepcionou a monja, deu as boas vindas a ela e agradeceu sua presença.

A monja Coen ressaltou que o mês da mulher é o momento de se pensar o papel dela no mundo e relatou que no mosteiro em que esteve no Japão, quatro monjas tiveram a ideia de montar um mosteiro feminino, que neste ano completou 110 anos. Tempo este considerado por ela pequeno, já que o budismo está no Japão há oito séculos. “A gente sabe que a nossa situação de mulheres, no mundo, ainda é nova. Durante muito tempo, o mundo foi regido pelo masculino, tomando decisões da governança, nos ensinamentos, nas tradições espirituais, todas elas escritas por homens e, de repente, vamos começar agora a ter, dentro das próprias religiões, no cristianismo, por exemplo, a teologia feminina, uma grande novidade das últimas décadas, e temos também dentro do budismo nas outras tradições e agora temos aqui a criação da Associação de Mulheres Empresárias, que até pouco tempo as mulheres não eram empresárias”.

Sobre a palestra, que abordou a inteligência emocional, a monja Coen esclareceu que o início de tudo é conhecer as próprias emoções, saber o que se está sentindo, sem mascarar, podendo utilizar as energias para onde se quer. “Direcionar isso para alguma coisa boa e não ser consumida pelas emoções, não se perder nas emoções, saber que elas são preciosas”.

Conforme ela, a meditação é uma fonte essencial de alimento para a própria pessoa. “Porque você começa a compreender como você funciona, como funciona as sensações, as percepções, como fazemos as conexões neurais e quantos níveis de consciência temos, e como é que deixamos de ser marionetes no mundo e passamos a estar no controle de nós mesmos. Para isso, eu sugiro que meditem. Comece percebendo a si mesmo, em momentos em que você pode ficar em silêncio e observar o que está acontecendo”.

O livro “Zen para distraídos”, a monja relatou ser uma coletânea de situações questionadas por ouvintes do seu programa de rádio. “Eu tenho um programa em uma rádio em São Paulo, chamada Rádio Mundial, que dá boas notícias e tem o propósito de fazer as pessoas despertarem, e o meu genro, que trabalha comigo e é um radialista, ele transcreveu muitas dessas minhas palestras. Não são palestras, as pessoas telefonavam para a rádio e faziam perguntas, então, o zen que a gente fala é para a pessoa comum no nosso dia a dia. Como eu posso utilizar práticas meditativas e desenvolver uma capacidade de consciência e inteligência emocional, uma sabedoria maior, para perceber o que está acontecendo comigo e como é que eu lido com as dificuldades e as provocações do mundo”.

Questionada sobre como se sente sendo uma referência, a monja Coen avaliou ser uma grande responsabilidade. “Quando você se torna uma referência, você tem que ser essa referência, tem que ter coerência, então, somente posso falar e ensinar aquilo que faço”.