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Xanxerê – Existem muitas formas de exercitar o cérebro com o objetivo de levar uma vida mais saudável e prevenir diversas doenças que envolvem este órgão tão precioso do corpo humano.

Estudos já comprovam que o aprendizado de outro idioma ajuda a prevenir vários tipos de doenças cerebrais, como é o caso de um estudo canadense, publicado no Journal of Neurolinguistics em 2017, onde uma equipe do Centro de Pesquisas do Instituto Universitário de Geriatria de Montreal, constatou que falar mais de uma língua  envolve uma atividade neural que protege o cérebro do Alzheimer e outras disfunções cognitivas. A líder do projeto, dra. Ana Inés Ansaldo, explica que “pessoas bilíngues utilizam recursos menores, porém mais especializados para realizar as mesmas tarefas que pessoas monolíngues”.

O médico Otávio Nóbrega, diretor da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, enfatiza que “O estímulo da capacidade cognitiva é tão importante quanto o desenvolvimento e o treino da capacidade física, mas damos menos importância a ele”.

Entretanto, mais que isso, falar outro idioma permite às pessoas experiências que seriam impossíveis de ser realizadas sem o conhecimento de outra língua. A coordenadora pedagógica da KNN Idiomas, Emili Francheschi Ogliari, relata que, dos 158 alunos da escola em Xanxerê, cerca de 35 possuem idade entre 35 e 65 anos, e que nem todos estão buscando colocação profissional, mas a simples possibilidade de se conectar com uma parte maior do mundo. “Os alunos mais novos entendem o aprendizado de uma nova língua como uma possibilidade de ampliar suas chances no mercado de trabalho, entretanto, temos alunos com mais idade que querem apenas a realização pessoal, como entender a música que ouvem ou o filme que assistem, querem se conectar com outras pessoas na internet, querem viajar. São os mais variados motivos”.

A KNN Idiomas possui turmas de alunos com idades que variam entre 45 a 65 anos, com objetivos pessoais e profissionais em variados. “Temos a Rosangela Bortoluzzi da minha turma e a Claudenice Pletsc, que buscaram o curso com o objetivo de visitar as filhas que moram no exterior. Elas dizem que falando inglês, vão poder ajudar ainda mais as filhas. Temos alunas que querem se aprimorar profissionalmente, como a Grandilia que vai se especializar em terapias na Índia, a Janete de Almeida está aprendendo o idioma, pois na função que exerce o sistema é completamente em Inglês e a Viviane Magistrali quer ser guia turística. Tem ainda o exemplo do sr Adair Trevisan que pretende fazer cursos no exterior”.

Emili explica que a possibilidade de falar permite a expansão do universo e das experiências. “Sei de caso de pessoas que puderam conversar com estrangeiros e conhecer suas histórias. Por exemplo, temos um relato em nossa página de uma pessoa que viajou e conheceu um iraquiano que não sabia os motivos e não concordava com a guerra no seu país e fugiu buscando a sobrevivência da sua família. Enfim, existe a possibilidade de você se conectar com o mundo, conhecer histórias, experiências pessoais, e sem saber um outro idioma essas possibilidades não existiriam”.