Valdir Colatto fala sobre a Secretaria de Serviços Florestais e rebate críticas de ambientalistas

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Xanxerê – Durante a semana o deputado federal Valdir Colatto esteve em Xanxerê para fazer a entrega de emendas para o Hospital Regional São Paulo, para a secretaria Municipal de Saúde, além de dois micro-ônibus para a Apadavix e Apae. Na ocasião, Colatto falou sobre o convite para assumir a Secretaria de Serviços Florestais e sobre a repercussão nas redes sociais.

Colatto explicou que a Secretaria existe desde 2006, mas nunca esteve voltada para a economia e esse é o projeto do Governo Federal, proteger as florestas, mas torná-las economicamente sustentáveis, aumentando a área plantada.

“A Secretaria de Serviços Florestais foi criada em 2006 com a visão de fazer inventário florestal, o Cadastro Ambiental Rural, fazer avaliação do tipo de florestas que temos no Brasil e agora nós queremos voltar para a economia. Então vai sair do Ministério do Meio Ambiente para o Ministério da Agricultura e vai tratar da produção, como o plantio de árvores, que temos só 1% no Brasil e temos que chegar a 10% do território, transformando em uma grande fonte de recurso, de renda e emprego, preservando o meio ambiente, as florestas que precisam ser preservadas, utilizando sustentavelmente os recursos que precisamos. Vamos implantar o Código Florestal Brasileiro, que foi aprovado em 2012, e om isso poderemos ter a floresta como uma atividade econômica para o Brasil”.

Valdir Colatto afirma que as florestas precisam ser vistas como um bem econômico, pois assim as leis de proteção serão mais rigorosamente compridas e a área de plantio aumentada, utilizando áreas que, tradicionalmente não recebem nenhum tipo de cultura.

Quando você fizer o plantio de árvores, deixa de usar as árvores nativas e o reflorestamento é uma atividade agrícola, então, dessa forma, você pode plantar e colher. E é isso que nós temos que fazer, sem a burocracia que impede de fazer o plantio. E também utilizarmos áreas onde não se consegue mais fazer agricultura, como terras montanhosas, pedregosas, onde pode ser plantado florestas e ter uma economia para o produtor. Hoje acontece assim, o agricultor tem sua propriedade, mantem a floresta, mas não pode abater a floresta nenhum outro tipo de atividade e tem, ainda o compromisso de pagar imposto, de cuidar da floresta e não tem nenhum benefício. Nós queremos que, quem preserva, receba pelo serviço de preservação ambiental. Já está no Código Florestal, mas até agora ninguém tomou nenhuma providência. Só em Santa Catarina nós temos mais de 50% do território que não pode ser utilizado para nada e gera uma despesa enorme”.

Sobre o fato de sempre ter sido da bancada ruralista e agora assumir uma secretaria que trata das florestas, Colatto saiu em defesa dos produtores rurais, que, segundo ele, são injustamente acusados de destruir as matas, mas são obrigados a cumprir as leis mais severas para a proteção das florestas. Para Colatto, na região urbana não existe fiscalização e as florestas são destruídas em nome do progresso e ninguém fala sobre o assunto.

O que eu vejo são os ambientalistas mais radicais somente no discurso, porque nunca vi um ambientalista plantar uma árvore ou cuidar de uma floresta. Quem faz esse trabalho, que põe a mão no bolso são os agricultores, eles deixam 20% do seu patrimônio em favor do meio ambiente. Quanto custa isso? Quase R$ 3 trilhões de capital do agricultor que está investido nas áreas de preservação permanente e nas reservas legais para preservar o meio ambiente. Nós, que moramos na cidade, o que fazemos? Nós poluímos. Jogamos o nosso esgoto nos rios e mares, não cuidamos da reciclagem do nosso lixo, não temos o devido cuidado com os nossos lixões, e aí é que está o verdadeiro problema, não é no campo, e nós queremos mostrar isso para a sociedade, levando o nosso conhecimento e não a mentira de certos veículos de comunicação que descaradamente mentem e trocam os dados para enganar a população, que acaba tendo uma visão que o produtor é o bandido dessa história”.

Colatto tem sido alvo de diversas críticas nas redes sociais, sobre o projeto que fala do controle da fauna silvestre. Alguns ambientalistas dizem que o projeto libera a caça indiscriminada dos animais silvestres, mas Colatto reforça que, em nenhum momento, o projeto libera a caça, mas cria um controle de proteção à produção e a saúde humana. O deputado cita como exemplo o título catarinense de livre de aftosa, que rende muitas divisas para o Estado, mas que pode ser prejudicado se houver uma contaminação por doenças trazidas por animais exóticos.

Primeiro temos que esclarecer que o projeto 6268, tem três anos e pouco que a gente apresentou e houve uma interpretação errada ou com más intenções de um jornalista que colocou uma manchete dizendo que o projeto era para liberar a caça. Eu foi conversar com o tal jornalista e pedi para ele me dizer onde está escrito que o projeto libera a caça e ele não achou e eu desafio quem achar onde está escrito que eu liberei a caça de animais silvestres. Como em outros países existe, há mais de cem anos, uma política de controle da fauna, essa que está solta na natureza, no nosso caso, o javali e outros animais que são exóticos, que estão desiquilibrando o processo natural, não são originários da fauna brasileira e estão causando prejuízo econômico, destruindo as propriedades, eliminando animais, destruindo o meio ambiente, as fontes de água, as matas, as plantações, e estão trazendo doenças como a aftosa, a tuberculose a raiva, e que nós precisamos controlar. Imagine o javali, que é portador da aftosa e contaminar o rebanho catarinense que é livre de aftosa há mais de 20 anos sem vacinação, nós quebramos o estado. Então temos que fazer alguma coisa, uma lei penalizando aqueles que cometerem algum ilícito dessa área”.