consultoria vsd

Xanxerê – Uma segunda equipe de Bombeiros Militares de Santa Catarina embarcou nesta segunda-feira (04) para auxiliar nos trabalhos de busca em Brumadinho-MG.

A equipe que é composta por 12 militares vai substituir os militares catarinenses que já estão atuando no resgate desde 28 de janeiro. Serão três bombeiros de Xanxerê, três de Chapecó, quatro de São Miguel do Oeste, um de Lajes e um de Florianópolis.

De acordo com o tenente coronel Walter Parizotto, as duas equipes são compostas por profissionais com formação especializada para atuar em situações de resgate em áreas deslizadas. “Dos cerca de 2.600 bombeiros que temos em Santa Catarina, apenas 120 possuem a formação na área de resgate em áreas deslizadas, e as duas equipes, tanto a que já está lá, quanto essa que seguiu na segunda, possuem essa formação”.

Parizotto explicou que os militares foram de ônibus, pois todo o equipamento necessário já está no local. “Nessas situações se utiliza um equipamento especial, que já seguiu com a primeira equipe, como moto bomba, desmanche hidráulico, escoramento e hastes de perfuração”.

Com tanto tempo após a tragédia, a missão desses militares não é fácil. “Agora, achar alguém vivo será um milagre. A missão agora é localizar corpos, cavar e retirar. Tanto que estão seguindo alguns cães com esse treinamento, localizar corpos. E não é nada fácil, tanto em relação ao esforço físico, quanto à preparação psicológica, porque eles caminham sobre a lama e podem estar pisoteando corpos ou pedaços de corpos. Ainda existem cento e poucas pessoas desaparecidas e eles podem estar pisando uma delas. Isso causa um abalo em qualquer pessoa. Por isso os profissionais precisam estar bem preparados.”

Além dos homens, há o trabalho realizado pelos cães, que faz a diferença nessa hora e os resultados comprovam. “Dos vinte cães que estão atuando neste resgate em Brumadinho, seis são nascidos e treinados em Xanxerê que estão em estados diferentes do Brasil. A equipe está levando mais dois cães.

É um trabalho duro, mas as famílias precisam identificar e enterrar seus mortos. “O resultado desse trabalho é surpreendente. Até agora nossa equipe já localizou dois corpos inteiros e dezenas de pedaços de membros. É um trabalho duro, até para falar sobre o assunto, mas ajuda as famílias, que estão desesperadas por notícias, mesmo que não sejam as melhores, mas muito pior é não ter notícia nenhuma”.