Coronavírus em SC: Reunião do Coes descarta lockdown no estado

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No início da noite desta quarta-feira (17) o governador de Santa Catarina Carlos Moisés da Silva anunciou que não pretende adotar um lockdowm de 14 dias no Estado.

O anúncio foi feito com base em uma decisão do Centro de Operações de Emergência em Saúde (Coes) tomada após uma longa reunião entre tarde e noite desta quarta-feira (17), com a presença de 19 instituições. Apesar disso, novas restrições foram recomendadas.

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES), os técnicos recomendaram novas ações para o enfrentamento da Covid-19, como multas, horários diferenciados e maior atenção durante a Páscoa, mas desconsiderou a hipótese de um lockdown no estado.

Na verdade, o governador pretende afrouxar as medidas restritivas dos finais de semana, flexibilizando o consumo de álcool nos estabelecimentos comerciais e liberando o funcionamento até as 21 horas e não mais o dia todo.

O atual decreto, que prevê medidas mais rigorosas nos fins de semana tem vigência até esta sexta-feira, 19, e ainda não há regramento definitivo a partir deste sábado. Provavelmente Moisés irá anunciar um novo com vigência a partir da próxima segunda-feira;

Além disso, o Tribunal de Justiça ainda não respondeu ao recurso do Executivo em relação à decisão do juiz Jefferson Zanini, que obrigou o Estado a adotar as medidas escolhidas pela equipe técnica do Coes. A avaliação é de que a judicialização do tema gera incerteza.

“Nossa equipe está avaliando os números, mas tem um delay, tem um retardo [do impacto dos decretos nos números da pandemia. […] Nós entendemos que as medidas restritivas aos finais de semana tiveram seu resultado e as medidas restritivas no meio da semana também tiveram resultado. Nós pretendemos manter as medidas restritivas da semana para o final de semana”, disse Moisés, após encontro com os governadores do Rio Grande do Sul e do Paraná, na Casa d`Agronômica, em Florianópolis.

Sobre lockdown, Moisés defendeu que o governo do Estado tenha autonomia sobre as decisões. “Essa é uma competência do poder Executivo. E de forma seletiva, o que se propõe, por exemplo, lockdown, como Ministério Público e Tribunal de Contas propõe acabam prejudicando, penalizando, as atividades que estão reguladas hoje”, complementou o governador. Segundo ele, com as regras já criadas para todas as atividades é possível controlar o avanço da doença.

Além disso, o governador chamou o momento da pandemia de “uma nova doença”, em relação à nova cepa que circula no Estado. “A gente reconhece que o Sul do Brasil é o epicentro da crise no Brasil e o ministro [da Saúde] também reconhece isso. […] Isso tudo causado pela nova cepa do vírus. Nós temos praticamente uma nova doença”, afirmou o governador.