Após prêmio de melhor romance, Eduardo Sens lança seu segundo livro

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Chapecó – Sem a mínima pretensão de disputar espaço junto aos mais famosos escritores catarinenses, Eduardo Sens dos Santos, promotor de justiça, que atuou em Xanxerê e agora trabalha  em Chapecó, se lançou na carreira literária e escreveu seu primeiro romance, “Quando éramos iguais”, que para a sua surpresa e felicidade, recebeu da Academia Catarinense de Letras o prêmio de melhor romance de 2019.

Motivado pela honraria, Sens decidiu voltar à literatura e lançou o romance “Domingo”, publicado pela editora Penalux.

A obra é uma ficção, mas que muito se assemelha a realidade de muitos brasileiros com a luta pela melhoria da qualidade de vida.

O enredo se passa em Santa Bárbara, cidade interiorana fictícia em pleno desenvolvimento.

Domingo, um velho morador vencido pelo progresso, decide se desfazer de sua casa em troca de apartamentos a serem construídos em um dos maiores prédios da cidade. Na residência ao lado, o lar temporário em que passa a viver, as angústias do personagem se avolumam, enquanto a obra toma corpo e nos permite compreender a profundidade da relação desse homem, um sujeito simples, conversador, apegado às pequenas rotinas e à sua enigmática esposa Lurdinha. É ali, angustiado pela demora em conseguir uma “casa de novela” para a esposa, que Domingo tenta concluir com as próprias mãos a obra abandonada.

 

Construindo o enredo

Sens explica que para construir o personagem e os cenários inspirou-se em Chapecó. “Visitei obras, inclusive de madrugada; parei escutando os sons e sentindo os cheiros de uma demolição; conversei com antigos moradores e fui até a um enterro de uma pessoa desconhecida”.

Segundo o autor, Domingo “é um romance para resgatar reflexões fundamentais sobre o amor e sobre a nossa relação com as cidades”.