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Brasília – No dia 30 de maio foi protocolado junto à mesa diretora da Câmara dos Deputados um requerimento, proposto pelo líder do PT deputado federal Paulo Pimenta (RS), para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito-CPI com foco na Operação Lava J ato, justificado pelas denúncias de irregularidades relacionadas às delações premiadas fechadas no âmbito da investigação.

Incialmente o requerimento teve o apoio de 190 deputados de vários partidos, entretanto, durante o mesmo dia, mais de 40 parlamentares solicitaram que suas assinaturas fossem retiradas do requerimento, mas foram informados pela Secretaria Geral da Mesa Diretora que deveriam apresentar novo requerimento com metade mais um, isto é, 96 assinaturas para derrubar o requerimento anterior.

Pimenta utilizou diversas vezes a tribuna para criticar a desistência dos colegas parlamentares em apoiar a investigação, alegando que “infelizmente os deputados se acovardaram”. Ele também classificou como “ridículo” o argumento de que o PT articulou a criação da CPI como uma retaliação ao judiciário após a prisão do ex-presidente Lula “Esse argumento tem sido utilizado para nós não termos no Brasil uma lei de abuso de autoridade, para não impedir a condução coercitiva, e até para barrar a discussão sobre o teto salarial”.

Retirada de assinaturas

Um dos deputados que retirou o apoio à abertura da CPI foi o catarinense Valdir Colatto. De acordo com o parlamentar, a ementa deveria investigar as denúncias feitas contra o advogado Antônio Figueiredo Basto de cobrar uma “taxa de proteção” de U$ 50 (aproximadamente R$ 185 mil) de outros integrantes do esquema entre 2005 e 2013. “Tendo em vista, os pontos obscuros constantes da proposta, solicitei a retirada da minha assinatura. Os trabalhos da Lava Jato têm sido essenciais para o combate à corrupção e por isso, tem meu apoio”, pontuou Colatto.

Segundo Colatto, a delação premiada deveria ser utilizada para a apuração de outros crimes. “No meu entendimento, a delação premiada deveria ser, inclusive, estendida para crimes como o de tráfico de drogas”.

Fonte – O Estado de São Paulo – UOL – Assessoria de Imprensa