Xanxerê – A 6ª edição do Boteco do Empreendedor, realizada na noite de quinta-feira (12), no Clube Recreativo Xanxerense, foi marcada pela emoção de dois relatos de superação e conquistas.
O Boteco do Empreendedor é uma das ações realizadas pelo Núcleo de Jovens Empreendedores-NJE da Associação Empresarial de Xanxerê-Acix, e na quinta-feira reuniu cerca de 300 pessoas para ouvir os depoimentos de determinação e conquistas da empresária Irene Aparecida e Sá Affolter, diretora e proprietária da franquia Fisk em Xanxerê, e do goleiro da Chapecoense, sobrevivente do desastre aéreo que vitimou a equipe do clube em 2016, Jakson Follmann.
A coordenadora do Núcleo, Deisi Joice Moschetta, falou do desafio e satisfação em realizar a 6ª edição do evento. “É um desafio muito grande montar este evento, mas estar proporcionando para a comunidade xanxerense um dos maiores eventos empresariais da nossa região não tem preço”.
Ainda segundo Deisi, o objetivo do Núcleo é engajar o jovem no espírito do empreendedorismo. “O Núcleo realiza este tipo de evento é gerar representatividade, engajar novos líderes, fomentar o empreendedorismo, inspirar, encorajar as pessoas, e nós estamos muito felizes com o resultado deste trabalho”.
Em seu depoimento, Irene descreveu sua trajetória, desde que iniciou profissionalmente como professora do ensino médio, ingressando no corpo docente da Unoesc Xanxerê e ganhando o mundo ao assumir o desafio de montar uma escola de idiomas. A empresária destaca que foram muitos desafios, mas que sempre procurou a superação. “Foram muitas situações que eu não gosto de chamar de problemas. Os desafios aparecem e nós temos que encará-los. A outra opção era desistir, e isso não estava nos meus planos. Em um determinado momento tivemos que abrir mão de bens materiais para alcançar um sonho maior. Não gosto da ‘vitimização’. Pessoas ficam por aí se lamentando, chorando pelos problemas. Eu transformei os problemas em conquistas”.
Follman contou a história do acidente e da superação com muito bom humor, destacando que a alegria e o apoio da família foram fundamentais para a superação. Hoje é embaixador da Chapecoense e da clinica de reabilitação que o atende, fazendo um trabalho junto às pessoas que passam por acidentes e precisam de amputação. Segundo o atleta, o acidente deu nova motivação para a sua vida. “Temos que enfrentar tudo com alegria. Eu sou assim, sempre rindo, alegre com um sorriso no rosto. Não é fácil. Algumas noites acordo chorando, mas respiro fundo e sigo em frente. Até mesmo porque eu devo isso às famílias que perderam seus entes queridos no acidente. Eu tive uma nova oportunidade nesta vida e acredito que é uma missão que eu tenho que cumprir com a alegria, valorizando as pequenas coisas da vida”.
